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Natalino e Jerominho são condenados a mais de 10 anos de prisão

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JB Online

RIO - A Justiça Estadual atendeu aos pedidos do Ministério Público e condenou o ex-Vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e o ex-Deputado Estadual Natalino Guimarães, que são irmãos. Os ex-parlamentares, que haviam sido denunciados como chefes de grupos de milicianos no município do Rio de Janeiro, foram condenados a dez anos e meio de prisão por formação de quadrilha armada.

Além de Natalino e de Jerominho, foram condenados o ex-policial Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, fugitivo de Bangu 8, e o filho de Jerominho, o ex-PM Luciano Guinâncio Guimarães. Os outros seis denunciados pelo MP também foram condenados. Dos dez réus, apenas Batman não está preso.

O subprocurador-Geral de Justiça de Atribuição Originária Institucional e Judicial, Antonio José Campos Moreira, que foi o responsável pelo processo junto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, considera a condenação um marco, esclarecendo que as penas de Jerominho e Natalino foram superiores às dos demais réus porque eram eles os chefes da milícia.

Ainda segundo o Procurador de Justiça Antonio José, que supervisiona o recém-criado Núcleo de Combate ao Crime Organizado e às Atividades Ilícitas Especializadas, a atuação do MP contra os milicianos, sejam eles autoridades ou não, será intensa e contínua.

Núcleo de Combate ao Crime Organizado

A relevância da questão para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro se confirma pelo auxílio que o Núcleo de Combate ao Crime Organizado prestará à Promotoria de Justiça Criminal de Campo Grande, responsável por réus envolvidos com as milícias, inclusive políticos.

Esta semana, o Promotor de Justiça Victor Fiorito Pereira, titular da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Campo Grande, solicitou o acionamento do Núcleo com relação a fatos envolvendo os mesmos réus cuja condenação o MP acaba de obter. Esta providência, segundo o Subprocurador-Geral de Justiça Antonio José, é necessária e revela a firme disposição do MP em combater o chamado crime organizado.

- Esse é um caso emblemático e marcante. A condenação do grupo mostra que o Ministério Público está atuando e atento no combate à criminalidade. Esta é um resposta do Poder Público à atuação das milícias no Estado , disse Antonio José. Ele lembrou, também, que este foi o primeiro processo referente a milícias a ser julgado. A sentença é um divisor de águas e uma vitória do MP - afirmou o subprocurador-Geral.