pesar de fazer questão da perícia da Polícia Federal para desvendar as causas do incêndio que consumiu o Museu Nacional no último domingo, Alexander Kellner, diretor da instituição, não foi comunicado de que a mesma teria descoberto o local onde teria começado o fogo, informação que não foi divulgada publicamente para eviar especulações, conforme declarou a PF ao site G1. A PF também não descartou a possibilidade do incêndio ter sido criminoso. “Acho que nenhuma hipótese deve ser descartada. Seria um absurdo tão grande que não quero ter esse tipo de desconfiança”, acrescentou Kellner.
Sobre o estudo do governo federal de editar uma medida provisória para retirar o Museu Nacional da alçada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - depois que empresários e banqueiros demonstraram preocupação com a gestão da entidade - e transferi-lo para o Ministério da Educação, o diretor do museu se posicionou: “Não existe clima para isso. O que precisamos é de apoio para a reconstrução do museu”, afirmou.
Na última quarta-feira, em reunião com presidentes de empresas e representantes de bancos públicos e privados, o presidente Temer fez um apelo pela participação destas entidades na composição de fundos a serem criados para a reconstrução do museu e manutenção do patrimônio histórico e cultural. A ideia de retirar o Museu Nacional da UFRJ foi apresentada como uma contrapartida.
Na última terça-feira, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Educação, Rossielli Soares, e da Cultura, Sérgio Sá Leitão, também criticaram a gestão da UFRJ em entrevista coletiva.