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Jornal do Brasil inaugura parceria com Plataforma Política Social

Objetivo é discutir temas e desafios para o desenvolvimento do país

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A partir desta sexta-feira (2), o Jornal do Brasil inaugura uma parceria com o núcleo Plataforma Política Social - Agenda para o Brasil do Século XXI, que, através da publicação de artigos e textos de especialistas das mais diversas áreas, discutirá os desafios para o desenvolvimento do país.

Segundo o economista Eduardo Fagnani, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos idealizadores do projeto, a parceria com o JB é fundamental para ampliar a participação destes especialistas dentro do debate nacional, contribuindo para a formulação de respostas para os obstáculos e desafios do Brasil.

“Queremos fortalecer alianças com os movimentos sociais e organizações da sociedade civil e esta parceria faz parte deste plano. É essencial que possamos colocar, neste espaço, as idéias que pretendem lutar por uma sociedade mais justa”, afirma.

O núcleo Plataforma é multidisciplinar e suprapartidário. Reúne mais de uma centena de pesquisadores e profissionais de mais de duas dezenas de universidades, centros de pesquisa, órgãos do governo e entidades da sociedade civil e do movimento social, entre elas a Unicamp, USP, UnB, e UFRJ. As publicações acontecerão todas as segundas, quartas e sextas. 

Primeiro artigo

Para o entendimento do Brasil neste século, um dos aspectos mais importantes de serem analisados são as causas que proporcionaram a queda da desigualdade social do país nos últimos dez anos. O artigo “A Redução da Desigualdade e os Projetos em Disputa”, da economista Leda Maria Paulani, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) debate exatamente este tema. 

A autora assinala que na última década houve claramente redução da desigualdade e mobilidade social ascendente. A visão hegemônica difunde que ambos os fenômenos devem-se à mesma causa, qual seja, a elevação de valores e enorme difusão do programa Bolsa Família. Um “olhar mais detido nos dados, porém, mostra que essa não é uma explicação plausível”, afirma. 

Ela destaca que outros fatores influenciaram esta queda de forma mais decisiva: a retomada do crescimento e seus impactos no nível de emprego e sua formalização; a elevação do valor real do salário mínimo e seus reflexos na renda do trabalho e na renda dos mais de 34 milhões de benefícios da Seguridade Social. Para Paulani, esses dois fatores “são de longe” os maiores responsáveis pela queda da desigualdade e ambos não possuem “qualquer parentesco com as políticas sociais focalizadas que tanto combinam com o receituário neoliberal.