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O papa da esperança

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O Brasil, o maior país católico do mundo e onde cresce o número de evangélicos a cada ano, já recebeu a visita de três papas. Um deles, João Paulo II, veio em três ocasiões, sendo a primeira em1980, ainda durante o regime autoritário (em suas prelações defendeu a liberdade e a justiça social); as demais ocorreram em 1991 e 1997. Bento XVI, que renunciou e permanece papa honorário, esteve aqui em 2007. Agora, vem Sua Santidade Francisco, primeiro pontífice latino-americano e o único não europeu em mais de 1.200 anos.

Desde que foi escolhido para a sagrada função pelo colégio de cardeais em Roma, no dia 13 de março, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, arcebispo de Buenos Aires, vem surpreendendo. A começar pelo nome que escolheu para assumir o pontificado. Francisco lembra e ao mesmo tempo homenageia São Francisco de Assis, o santo amado em todo o mundo que se tornou, com sua opção pelos pobres e espírito reformador, símbolo de uma Igreja voltada para os mais humildes e os deserdados da terra.

O novo papa traz uma nova esperança ao mundo católico, a de que realmente é possível mudar e renovar espiritual uma instituição milenar, atualmente às voltas com situações mundanas constrangedoras. Sua Santidade Francisco conquista o mundo e especialmente emociona a juventude por suas atitudes despojadas e pelo seu jeito simples de viver e tratar com as pessoas do povo; e, também, pelas medidas firmes que vem adotando com relação às questões que afetam a Igreja Católica de forma geral, e o Vaticano em particular.

O Brasil vai ao encontro de Sua Santidade renovado, depois de uma explosão de manifestações populares que convocam governantes e políticos ao trabalho e ao serviço, perante um povo carente de uma assistência e condições de vida compatível com a riqueza que produz.

Um novo Papa e um novo Brasil, com um povo mais consciente de seus direitos e de sua força, dedicado a construir um país melhor.

*Pedro Simon é senador da República pelo PMDB-RS.