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Eleitores do Tocantins vão às urnas para escolher novo governador

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Neste domingo, mais de um milhão de eleitores do Tocantins vão às urnas para escolher entre sete candidatos o novo governador que vai comandar o Palácio Araguaia para um mandato tampão. A eleição está sendo realizada depois que o Tribunal Superior Eleitoral cassou, por 5 votos a 1, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e a ex-vice-governadora Cláudia Lelis (PV) por suspeita de uso de caixa 2 na campanha eleitoral de 2014. Concorrem ao cargo a senadora Kátia Abreu (PDT), Carlos Amastha (PSB), Márlon Reis (Rede) e Mário Lúcio Avelar (PSOL), Marcos Souza (PRTB), Vicentinho Alves (PR) e Mauro Carlesse (PHS).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao PT do Tocantins anunciando seu apoio à senadora e pedindo aos seus eleitores do estado que votem nela. Lula disse ter gratidão à senadora que foi uma das maiores defensoras da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment. “O Brasil está tão carente de pessoas de caráter e lealdade política que, quando ouvia os discursos da Kátia, ficava orgulhoso de ver uma mulher com quem não tinha nenhuma afinidade política e ideológica, causando inveja a muitos de esquerda que tinham vergonha de defender a Dilma. O meu respeito pela Kátia cresceu a cada dia”, disse Lula.

Ex-ministra da Agricultura do governo Dilma, a senadora votou contra o impeachment e se uniu à oposição no Senado contra matérias de interesse do Executivo, como a reforma trabalhista. Forte crítica da gestão de Michel Temer, Kátia Abreu foi expulsa do MDB, segundo ela, por “defender posições que desagradaram” ao governo e ao MDB. “Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder”, afirmou.

Candidata pela coligação Reconstruindo o Tocantins, Katia Abreu afirmou, na propaganda política gratuita no rádio e na TV, estar preparada para equilibrar as contas do estado e resolver os problemas emergenciais da área social. “Nesses próximos seis meses não faremos tudo que o Estado precisa, mas eu farei muito mais do que vocês estão esperando, farei muito mais pelo povo do meu estado. Onde houver um cidadão tocantinense precisando de mim, precisando de nós, eu quero ser uma governadora presente, uma governadora de corpo e alma”, declarou.

Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), divulgada ontem, mostrou que a disputa ainda segue indefinida: Carlos Amastha, Carlesse e Vicentinho estão empatados tecnicamente com 27%, 26% e 24% respectivamente. Kátia Abreu aparece em quarto lugar com 15%. A organização do pleito fora de época irá custar cerca de R$ 15 milhões. Foram chamados 1.290 policiais militares e equipes do Exército, que atenderão as aldeias indígenas em cinco cidades.