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Temer diz que coronel Lima é 'vítima' da relação de amizade

"Lamento muito que esteja acontecendo isso", disse, sobre investigação

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O presidente Michel Temer disse lamentar as investigações contra o coronel da reserva da PM João Baptista Lima Filho, seu amigo pessoal e apontado por delatores como suposto intermediário de propinas para o presidente. "Lamento muito que esteja acontecendo isso", disse. "Ele acabou sendo vítima dessa relação que teve comigo ao longo do tempo", completou Temer, ao programa Poder em Foco, do SBT. A entrevista foi transmitida na madrugada desta segunda-feira, 7, mas foi gravada na sexta-feira.

O nome do coronel Lima voltou ao noticiário na semana passada dentro das investigações que apuram se a reforma da residência de Maristela Temer, filha do presidente, foi utilizada para lavar dinheiro de propina. Fornecedores que trabalharam na obra admitiram ter recebido pagamentos em dinheiro da mulher do coronel. Já no mês passado, o Ministério Público Federal afirmou, em aditamento de denúncia, que o coronel Lima e o advogado e ex-assessor do Palácio do Planalto José Yunes auxiliavam integrantes do MDB na arrecadação de propina, em especial para Temer. O Planalto negou todas as acusações.

Eleição

Temer admitiu a possibilidade de desistir de concorrer à reeleição e apoiar um candidato de centro. O presidente afirmou que, se for necessário, abre mão da candidatura para ter um candidato de centro fortalecido. ”Se nós quisermos ter o centro, não podemos ter sete ou oito candidatos. A classe política precisa se mobilizar para que escolha um nome de centro”, disse.

Questionado sobre quais são esses candidatos de centro, o presidente citou os nomes de Geraldo Alckmin (PSDB), Flávio Rocha (PRB), Afif Domingos (PSD) e Paulo Rabello de Castro (PSC). 

Na entrevista, o presidente foi também indagado sobre a liberação das drogas no País, tema que ele diz ver com preocupação. "O aspecto medicinal, quem sabe podemos examinar para a liberação (no caso da maconha), mas outras drogas mais pesadas eu acho perigoso", afirmou.

O presidente está próximo de completar dois anos no Planalto e se diz feliz com os resultados. Segundo ele, mesmo com "uma campanha deliberada para enfraquecer o governo", passos importantes foram dados em diversas áreas.