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"Sou candidatíssimo", afirma Lula a Boff

Teólogo visitou o ex-presidente na Superintendência da PF, em Curitiba

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O teólogo Leonardo Boff foi à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta segunda-feira (7), para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma tentativa frustrada no dia 19 de abril. 

Segundo o teólogo, o ex-presidente garantiu que não deixará a corrida eleitoral -- a não ser que o Partido dos Trabalhadores queira. "O Lula me disse: 'Sou candidatíssimo'. Só irá renunciar à candidatura no dia em que o juiz Sérgio Moro trouxer uma única prova de que ele é dono do triplex".

Boff também reiterou que Lula quer voltar ao poder para "radicalizar o projeto de dignificação, de cidadania" das camadas mais pobres da sociedade. Ainda de acordo com o teólogo, o ex-presidente está na cadeia por conta das políticas sociais do PT. "[Eles querem] pôr em xeque projeto que tem dimensão social inegável".

Leonardo Boff comparou a prisão de Lula com o cárcere dos líderes Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. "Essa é uma passagem como a de Gandhi, como a de Mandela, que foram presos em benefício da humanidade", salientou. 

O teólogo disse ter pedido ao ex-presidente para que fizesse "uma viagem para dentro do seu coração". Segundo Boff, Lula ficou emocionado quando conversaram sobre a matriarca da família da Silva, Dona Lindu, que morreu em 1980. 

"Ele quase chorou quando falamos sobre Dona Lindu. Disse que vai rezar todos os dias para a mãe, que está mais perto de Deus", destacou. Boff ainda frisou que o ex-presidente está lendo bastante -- inclusive livros que tratam da espiritualidade. Atualmente, Lula lê "O Senhor é meu pastor", do teólogo.

Na quinta-feira, 19 de abril, Leonardo Boff esperou por horas para poder visitar o amigo de quatro décadas, sem sucesso. 

>> Leonardo Boff chega à Polícia Federal para visitar Lula