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Julgamento de Lula terá esquema de segurança aéreo e naval

Ex-presidente terá recurso julgado em segunda instância amanhã

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Uma operação policial - quase cinematográfica - será montada para o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã (24), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Um núcleo, o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), foi criado exclusivamente para administrar a situação.

Helicópteros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estarão disponíveis para conduzir os desembargadores até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) caso haja trânsito pelas vias urbanas. Se os magistrados optarem por carros para o deslocamento ao TRF4, escoltas e batedores estarão pelo trajeto.

A partir das 17h de hoje, o perímetro entre as avenidas Augusto de Carvalho, Loureiro da Silva e Edvaldo Pereira Paiva estará fechado ao público, com acesso permitido apenas a pessoas autorizadas do TRF4. Ao todo, 18 linhas de ônibus terão o percurso alterado por conta da interdição.

Também haverá um bloqueio aéreo, terrestre e naval, já que a sede do TRF4 fica perto do rio Guaíba, câmeras de segurança e atiradores de elite.

Órgãos públicos da vizinhança, como o escritórios do Ministério da Agricultura, Incra, Receita Federal, IBGE e Câmara dos Vereadores, suspenderão suas atividades a partir do meio-dia desta terça-feira.

Grupos pró e contra Lula planejam atos em áreas de Porto Alegre, os quais também contarão com um esquema especial de segurança para evitar confrontos. Lula será julgado pelo TRF4 em segunda instância, a pedido de sua defesa, que apresentou um recurso contra a sentença de 9 anos e meio de prisão emitida e julho de 2017 pelo juiz Sergio Moro, de Curitiba, no processo do triplex no Guarujá.

O petista foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de ter recebido propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. Em troca, a OAS venceu contratos com a Petrobras.