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Lula viajará à Etiópia dois dias após julgamento

Ex-presidente participará de evento da FAO sobre combate à fome

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Etiópia, na África, dois dias depois de seu julgamento em segunda instância no caso do tríplex pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcado para o próximo dia 24. Lula foi condenado em primeiro grau a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em 26 do mesmo mês, Lula embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar de um evento sobre combate à fome, organizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade que tem sede em Roma e é chefiada pelo brasileiro José Graziano.

O convite para o evento foi feito em outubro, e ele decidiu manter o compromisso. Se for condenado, Lula, líder nas pesquisas, pode ficar inelegível para as eleições de 2018 e corre até mesmo o risco de ser preso.

Lula só ficaria impedido de viajar se os desembargadores do TRF-4 decidissem impor alguma restrição, e se a Justiça considerar que há risco de fuga.

>> Entenda passo a passo as chances de Lula ser candidato na eleição presidencial

O Ministério Público Federal o acusa de ter recebido R$ 2,2 milhões em propina da construtora OAS, por meio de um apartamento tríplex no Guarujá (SP). O ex-presidente nega ser proprietário do imóvel.

Cármen Lúcia

Na segunda-feira (15), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, se reuniu com o presidente do TRF4, desembargador Carlos Thompson Flores para tratar da segurança durante o julgamento de Lula. Estão previstas manifestações de apoiadores e opositores do ex-presidente. 

Encontro com deputados do PT

Na sexta-feira (12), o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), acompanhado por um grupo de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, entregou a Thompson Flores uma carta-manifesto contra os trâmites adotados, até agora, no processo de julgamento do ex-presidente Lula. “Reafirmamos o nosso ponto de vista de que uma eleição este ano sem Lula é uma fraude, um golpe”, disse Pimenta, em entrevista coletiva logo após a reunião. 

A comitiva reforçou que espera do tribunal um julgamento nos limites daquilo que a lei estabelece e que prevaleça o viés imparcial da Justiça no processo do ex-presidente, cujo julgamento do recurso da defesa está marcado para 24 de janeiro. “Quando essa garantia deixa de existir, todo o sistema é colocado em risco e fica sob suspeita”.

Com Ansa