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Febre amarela: Rio, Bahia e São Paulo terão vacina fracionada 

Medida tem o objetivo de garantir fornecimento nas regiões. SP já teve 13 mortes desde o ano passado

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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (9) que os estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo vão adotar a dose fracionada da vacina contra a febre amarela, para que o fornecimento seja garantido nas regiões. A divisão faz com que uma dose possa ser  utilizada em quatro pessoas. O Ministério da Saúde afirmou que uma mesma dose pode servir para até cinco pessoas, contudo o governo irá trabalhar com uma "margem de segurança".

Crianças de 9 meses a até 2 anos, pessoas com condições clínicas específicas (como pacientes com HIV/Aids), gestantes e viajantes internacionais continuarão tomando a dose padrão.

O governo tem o objetivo de vacinar 19,7 milhões de pessoas em 75 municípios destes estados. Ao todo, 15 milhões receberão a dose fracionada da vacina e outras 4,7 milhões, a dose padrão. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que pessoas que receberam a dose fracionada vêm sendo acompanhadas há oito anos. "A imunização é a mesma dos que receberam a dose padrão”, garantiu. De acordo com o ministério, estudos feitos pela Fiocruz garantem que a pessoa vacinada com a dose fracionada tem pelo menos 8 anos de imunidade.

O período de vacinação em cada estado será o seguinte:

São Paulo

A vacinação será realizada em 52 municípios. A meta de vacinação é de 6,3 milhões de pessoas. Período de campanha: 3 a 24 de fevereiro.

Rio de Janeiro

Vacinação será realizada em 15 municípios. A meta é de 10 milhões de pessoas vacinadas. Período de campanha: 19 de fevereiro a 9 de março.

Bahia

Vacinação será realizada em 8 municípios, com meta de 3,3 milhões de imunizados. Período da campanha: 19 de fevereiro a 9 de março.

13 mortes

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo atualizou nesta terça-feira (9) para 13 o número de pessoas mortas por contrair febre amarela, no estado desde o ano passado. Desse total, três ocorreram na região metropolitana. No Hospital das Clínicas, uma mulher infectada pelo vírus permanece internada em estado grave.

De 2017 até  agora foram registrados 29 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e os casos que evoluíram para óbito ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista, Itatiba, Mairiporã e Nazaré Paulista. Houve ainda casos de transmissão sem morte nas cidades de Águas da Prata, Campinas, Santa Cruz do Rio Pardo, Tuiti, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Jundiaí e Mairiporã.

Em comunicado a Secretaria destaca que não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. A situação epidemiológica será discutida hoje em Brasília entre os secretários estaduais de Saúde e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que deve anunciar medidas estratégicas de combate à doença, em entrevista coletiva, às 10h.

A nota informa ainda que as estratégias de ampliação da vacinação contra a febre amarela em São Paulo vai seguir critérios epidemiológicos, dando prioridade aos corredores ecológicos com intensificação na vacinação como vem ocorrendo desde 2016 a exemplo das medidas tomadas em 2017 nas zonas norte e sul da capital paulista e nas regiões de Alto Tietê, Osasco e Jundiaí.

Com Agência Brasil