ASSINE
search button

PT, PDT e PSOL pedem cassação da TV Globo no caso Fifa

Compartilhar

O PT, PDT e o Psol assinam um documento direcionado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em que acusam o Grupo Globo de ter ferido a lei de Defesa da Concorrência no escândalo de corrupção da Fifa. A informação é da colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo. 

Segundo a colunista, as legendas dos partidos acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) para a investigação de eventuais crimes e pediram ao Ministério da Ciência e Tecnologia a cassação da concessão da TV, sob a acusação de infração da Lei Geral de Telecomunicações. 

O Grupo Globo foi acusado de pagar propina de US$ 15 milhões, junto com a empresa mexicana Televisa, pelos direitos de transmissão via TV, rádio e internet das Copas do Mundo de 2026 e 2030. O valor teria sido depositado no banco Julius Bär, na Suíça. 

Em depoimento sobre o escândalo, Alejandro Burzaco, ex-homem forte da companhia de marketing argentina Torneos y Competencias SA, menciona 14 vezes o Grupo Globo, perante a juíza Pamela Chen, que comanda o caso no Tribunal do Brooklyn, em Nova York. 

O delator apontou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, como chefe do esquema de corrupção, mesmo na época em que a entidade era presidida por José Maria Marin.

>> Globo teria sido citada 14 vezes por delator do Fifagate, diz portal

>> Caso Fifa: testemunha diz que Globo pagou propina por direitos de TV

Defesa

A TV Globo afirmou à colunista que não pode "comentar sobre o que não fomos notificados ou oficialmente informados. Mas aproveitamos para reafirmar o que já dissemos, que o Grupo Globo não pratica nem tolera qualquer tipo de propina e está sempre à disposição das autoridades".

Quando o escândalo veio a público, o grupo afirmou em nota que, após "mais de dois anos de investigação" feita nos EUA, a empresa "não é parte nos processos que correm na Justiça americana".

O grupo disse ainda que conduziu "amplas investigações internas" desde que o escândalo da Fifa foi revelado, em 2015. Ainda segundo o comunicado, foi apurado que o Grupo Globo "jamais realizou pagamentos que não os previstos no contrato"