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Venezuelanos em Roraima começam a receber doações arrecadadas no Rio de Janeiro

Abrigo em Boa Vista já recebeu os alimentos não-perecíveis.

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O abrigo localizado em Boa Vista, onde se encontram cerca de 500 venezuelanos, migrantes e solicitantes de refugio não-indígenas, foi a primeira unidade a receber parte dos donativos encaminhados pelo estado do Rio de Janeiro. 

O Governo do Estado, por meio de ação articulada entre a Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social) e a Defesa Civil, já entregou cerca de 200 quilos de alimentos não-perecíveis, que integram as duas toneladas arrecadadas por meio de uma ação realizada pela Secretaria de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, em parceria com a comunidade venezuelana daquele Estado e a empresa aérea Azul. A ação tambem contou com o apoio dos Mórmons que vivem em Boa Vista. 

A logística e distribuição dos alimentos contou ainda com o apoio do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, e a Igreja dos Mórmons. O Assistente de Proteção do ACNUR Rafael Levy, destacou que a logística foi resultado de uma ação articulada entre o governo estadual e várias entidades. “Agora vamos atuar também na distribuição para que aqueles que estiverem em situação prioritária possam receber esses alimentos”, destacou. 

Foram arrecadadas duas toneladas de donativos, entre alimentos não-perecíveis, produtos de higiene pessoal, roupas e medicamentos. Os alimentos chegaram em quatro lotes a Roraima, por via aérea, entre os dias 10 e 14 de novembro, sendo armazenados na Rede Cidadania Melhor Idade e entregues oficialmente ao Governo do Estado na manhã desta sexta-feira (17). 

“Agora será realizada a triagem dos donativos e distribuídos aos dois abrigos de Boa Vista e de Pacaraima de acordo com a necessidade de cada um. Hoje foram entregues alimentos ao abrigo do Tancredo Neves, que é a unidade mais vulnerável e necessita dessas doações”, explica a secretária-adjunta da Setrabes, Edilania Mangueira. 

Os três abrigos de Roraima, dois em Boa Vista e um Pacaraima, hoje acolhem mais de mil pessoas, a maioria delas são solicitantes de refúgio venezuelanos. Apenas este ano, estima-se que cerca de 20 mil venezuelanos já tenham solicitado refúgio no Brasil. Entre esses, aproximadamente 14 mil registraram sua solicitação em Roraima. 

Um dos maiores desafios na resposta a esse fluxo tem sido a integração dessas pessoas. O ACNUR tem trabalhado em parceria com outras agências da ONU, governo estadual e federal de Roraima e instituições da sociedade civil para oferecer assistência humanitária aos venezuelanos em situação de vulnerabilidade.