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Fachin manda aliado de Geddel cumprir prisão em domicílio

Gustavo Ferraz está envolvido em operação que descobriu apartamento com R$ 51 milhões

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão preventiva de Gustavo Ferraz, aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), para prisão domiciliar, nesta quinta-feira (19).

Diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Ferraz foi preso no dia 8 de setembro, junto com Geddel, durante a Operação Tesouro Perdido, quando a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões em um apartamento na capital baiana. O dinheiro foi atribuído a Geddel.

Segundo as investigações, Ferraz é ligado ao ex-ministro, que o teria indicado para buscar, em 2012, valores ilícitos remetidos por Altair Alves, emissário do ex-deputado Eduardo Cunha. O aliado de Geddel admitiu à PF ter ido buscar um dinheiro e disse que está disposto a colaborar com as investigações.

O pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”. Após a solicitação, o juiz federal Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o cumprimento dos mandados, para recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No dia 5 de setembro, a Polícia Federal apreendeu malas e caixas de dinheiro, em um apartamento na Graça, em Salvador. O proprietário, Sílvio Silveira, confirmou em depoimento, que emprestou o imóvel a Geddel, que teria pedido para guardar pertences do pai, que morreu no ano passado. Geddel cumpre prisão domiciliar.

As investigações apontam que há impressões digitais de Geddel Vieira Lima e de Gustavo Ferraz nos maços de dinheiro, nas malas, nas paredes e na maçaneta da porta do apartamento. 

Além disso, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, funcionária do deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel Vieira Lima. A PF ressalta que o empresário Sílvio Silveira, dono do apartamento, contou em seu depoimento que emprestou o imóvel a Lúcio, e não a Geddel, versão que foi corroborada pela administradora do condomínio.