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"Essa gente está vendendo tudo porque não tem competência", diz Lula em ato no Rio

Ex-presidente participou de protesto pela soberania nacional

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira (3) de ato em defesa da soberania nacional, no Rio de Janeiro. Vestido com o uniforme laranja da Petrobras, Lula destacou as políticas que levaram o Brasil ao protagonismo na América Latina, e criticou a gestão do governo Michel Temer. 

"Nós começamos a falar em soberania quando assumimos em 2002 e dissemos não à Alca dos EUA e criamos a Unasul, a Celac... Falar de soberania é ter a coragem de fazer da Petrobras uma das maiores petrolíferas do mundo. É não dever nada ao FMI. É fazer a briga que fizemos para que o Brasil fizesse parte do Conselho de Segurança da ONU", disse Lula, ao enumerar ações da política externa dos governos petistas. 

O ex-presidente criticou a interferência externa nas atuais políticas do governo. "Os empresários de Nova York estão descontentes com a reforma trabalhista. Eles ainda acham que ter uma hora de almoço é muito, ter férias é muito. O que eles querem é que esse país volte ao tempo da escravidão", criticou.

Lula rechaçou a atual agenda de privatizações e defendeu, mais uma vez, a preservação de um estado forte. "Eles abdicaram da Petrobras. A Petrobras é um instrumento de desenvolvimento. Não é apenas um fura poço. É uma empresa de incentivo tecnológico e científico", ponderou. " Não é possível abdicar da indústria naval, da Eletrobras, do BNDES, da Casa da Moeda. Essa gente está vendendo tudo porque eles não tem competência".

Eleições 

O ex-presidente também voltou a comentar as eleições de 2018. "Eles querem evitar que eu seja candidato em 2018. Estou tranquilo. Quem deve estar preocupado são eles. Falam mal de mim à noite, de manhã, de semana, de feriado. E quando fazem uma pesquisa, sou eu quem está na frente", concluiu. 

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Em seu discurso, Lula citou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Concellier Olivo, que se matou na segunda-feira (2), após acusações feitas em operação da Polícia Federal que investiga desvio de rede recursos públicos para projeto de educação a distância.

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"Não tenho pretensão de me matar. Vou enfrentar. Já provei minha inocência. Quero que provem uma única culpa", disse Lula, complementando em seguida que seus opositores são responsáveis pela apressada morte de dona Marisa. "Querem evitar que eu volte. Mas estou tranquilo", disse.

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