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Pedido de prisão contra Aécio Neves será analisado nesta terça pela Primeira Turma do STF

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Nesta terça-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá analisar o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O caso diz respeito ao pagamento de R$ 2 milhões pela J&F a pessoas ligadas ao tucano.

A defesa do senador quer levar o julgamento ao plenário da Corte, alegando que pedido de prisão contra senador é uma questão “da mais alta relevância e gravidade”. Contudo, a PGR defende que a análise seja feita pela Primeira Turma, onde o relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello.

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Denúncia

Aécio Neves foi denunciado ao STF pelos crimes de obstrução da Justiça e de corrupção passiva pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A denúncia baseia-se nas investigações da Operação Patmos, pelas quais o político mineiro chegou a ser afastado do seu cargo no Senado. Aécio foi um das pessoas citadas nas delações premiadas dos executivos da companhia JBS.

Além dele, também aparecem no áudio a sua irmã, Andrea, seu primo, Frederico Pacheco, e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela (PMDB) Mendherson Souza Lima. Os três também foram denunciados por Janot, mas apenas por corrupção passiva.

Para que a denúncia fosse realizada foi fundamental a gravação do dono da JBS, Joesley Batista, na qual Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões para poder pagar um advogado para defendê-lo na Operação Lava Jato. Além disso, também contribuiu para a denúncia a gravação feita pela Polícia Federal, permitida do STF, da entrega de uma parcela de R$ 500 mil do total ao primo de Aécio pelo diretor da companhia, Ricardo Saud.

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