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Procurador federal critica a reforma política e Gilmar Mendes

Carlos Fernando dos Santos Lima disse que políticos querem manter o foro privilegiado

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Os procuradores do Ministério Público Federal da força-tarefa da Lava-Jato aproveitaram a entrevista coletiva sobre a denúncia em face do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Ademir Bendine, e expuseram suas opiniões sobre a reforma política que tramita no Congresso Nacional e as últimas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.

O magistrado libertou os empresários Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, acusados de corrupção pelo suposto pagamento de propinas a políticos em troca de vantagens no setor de transportes do Rio de Janeiro. O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu a suspeição de Gilmar Mendes, devido a supostas ligações entre Gilmar, seus familiares e um dos empresários presos.

>> Janot pede impedimento de Gilmar Mendes para julgar Jacob Barata

"Nós do MPF, até como cidadãos, entendemos que a posição do Procurador-Geral da República em pedir o reconhecimento da suspeição de Gilmar Mendes é a mais acertada", afirmou Carlos Fernando dos Santos Lima.

Quanto à proposta de reforma política, que deve instituir o "semidistritão", Santos Lima a criticou afirmando que não representaria nenhuma renovação menor que a do atual sistema. "Os atuais membros do Congresso estão promovendo uma reforma política para manterem o sistema e para se manterem lá, não só como deputados ou senadores, mas com foro privilegiado."