A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a Operação Étimo, com objetivo de combater crimes de lavagem de capitais, evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção, em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio Grande do Sul.
Mais de 50 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas, Glorinha e em Brasília . Também foram autorizados pela Justiça Federal o sequestro de bens e o afastamento de sigilo dos investigados.
As investigações sobre esquema envolvendo lavagem de dinheiro por meio de entidade associativa ligada a grandes empreiteiras puderam ser aprofundadas com dados obtidos a partir de compartilhamento das informações da 26ª Fase da Operação Lava Jato (Operação Xepa).
Segundo a PF, a entidade recebia das empreiteiras um percentual do valor de obras públicas realizadas no Rio Grande do Sul. Contratos de assessoria entre a entidade associativa e empresas de fachada eram utilizados para dar aparência de legalidade às operações financeiras de retirada de valores dessa entidade.
A movimentação ilegal desses recursos, no Brasil e no exterior, sua origem e sua destinação, são objeto de investigação pela Operação Étimo.
O nome da Operação é uma referência à origem das informações que possibilitaram o aprofundamento das investigações. Étimo é um termo que exprime a ideia de origem, que serve de base para uma palavra, a partir da qual se formam outras.
Xepa
Em 22 de março de 2016, a Operação Xepa fez uma devassa na Odebrecht, cumprindo seis mandados de prisão, entre temporários e efetivos, contra executivos e doleiros da empreiteira. Também ordenou a condução coercitiva de Cláudio Melo Filho, então vice-presidente de Relações Políticos-Institucionais da empresa, e de Andrés Sanchez, então vice-presidente do Corinthians.