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Artistas criam Movimento 342 para aprovar denúncia contra Temer

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Artistas de teatro, televisão e músicos criaram um movimento nas redes sociais com o objetivo de pressionar os deputados federais a votarem no Plenário da Câmara pela admissibilidade da abertura de processo contra o presidente Michel Temer.

O movimento 342 Agora faz referência ao número mínimo necessário de parlamentares para que o processo seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que por maioria deve votar novamente a abertura de investigação contra o presidente da República.

A base do governo Temer tenta acelerar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, de onde sairá o parecer da denúncia, a saída do documento para que a votação ocorra em Plenário antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18.

Entre os signatários, estão Fábio Assunção, Marina Lima, Tico Santa Cruz, Glória Pires, Celso Fonseca, Leticia Sabatella, Fernando Alves Pinto, Wagner Moura, Guilherme Weber, Vanessa da Mata, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Adriana Esteves, Mart'nalia, Dado Villa Lobos, Teresa Cristina, Camila Pitanga, Julia Lemmertz, Nando Reis, Otto, Leandra Leal, Sonia Braga, entre outros.

Tramitação

A partir de quarta-feira (12), os membros da comissão devem começar a fase de debates em torno do parecer. A expectativa é de que a discussão se estenda por mais de 40 horas, já que a presidência da comissão permitiu que todos os 66 membros e seus respectivos suplentes tenham direito à fala por até 15 minutos.

Há a possibilidade também de que até 40 deputados não membros, 20 contrários e 20 favoráveis ao processo, se manifestem por até 10 minutos cada. A lista de inscrição para os oradores será aberta meia hora antes da sessão de quarta-feira. A presidência do colegiado já adiantou que os trabalhos da comissão não vão se estender pela madrugada.

Até o momento, ainda não foi definida data para votação do parecer pelo colegiado. Mas, de acordo como Regimento Interno da Câmara, a comissão deve encerrar a tramitação da denúncia no prazo de até cinco sessões contadas a partir da entrega da defesa escrita de Michel Temer, ocorrida em 5 de julho. Na última sexta-feira (7), os deputados governistas garantiram quórum no plenário com o objetivo de acelerar o processo, contando o prazo de uma das cinco sessões.