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'The Guardian': Policia diz ter provas de que presidente do Brasil recebeu propina

Jornal destaca que Michel Temer está sendo investigado por três supostos crimes

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O jornal The Guardian publicou nesta quarta-feira (20) uma matéria onde destaca as acusações que abalam o governo do presidente do Brasil.

Segundo a reportagem a polícia federal do Brasil disse que os investigadores encontraram provas de que o presidente, Michel Temer, recebeu subornos para ajudar empresas, criando uma nova ameaça para o líder que já se encontra em conflito e poderia ser suspenso do cargo.

Temer foi investigado após a delação premiada de Joesley Batista, da empresa JBS, que ligou o presidente a um suposto aval para pagar pelo silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Temer negou qualquer irregularidade e insiste em não renunciar.

Se o principal procurador do Brasil concordar com a recomendação da polícia federal, o Congresso decidirá se Temer deve ser investigado pelo Supremo Tribunal, que é o único órgão que pode investigar formalmente o presidente. Se dois terços do Congresso votarem para permitir a investigação, Temer seria suspenso do cargo até o julgamento.

Em um relatório publicado na terça-feira pelo tribunal superior do Brasil, os investigadores da polícia federal disseram que tinham provas suficientes sobre estes subornos para justificar uma investigação formal de Temer por "corrupção passiva" - a acusação do Brasil pelo ato de receber subornos. Rodrigo Rocha Loures teria recebido diretamente subornos da JBS em nome do presidente..

O presidente está sendo investigado por três supostos crimes: corrupção, obstrução da justiça e ser membro de uma organização criminosa.

Temer, cuja popularidade não passa de um único dígito, está na Rússia em uma de suas poucas viagens no exterior desde que assumiu a presidência há um ano, depois que a presidente Dilma Rousseff foi suspensa.

The Guardian avalia que o impulso de Temer para medidas e reformas de austeridade econômica obteve um recuo no Congresso na terça-feira quando um comitê do Senado rejeitou sua proposta de afrouxar as leis trabalhistas brasileiras. O projeto de lei sobre o assunto, no entanto, ainda será votado pelo Senado.

> > The Guardian