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Denúncia contra Temer deve ser apresentada no final do mês

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A denúncia contra o presidente Michel Temer que seria apresentada na semana que vem pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ficará para a última semana de junho. A alteração do calendário decorre do acréscimo de dias no prazo que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu para que a Polícia Federal conclua o inquérito e a perícia do áudio da conversa entre Temer e o dono da JBS, Joesley Batista.

O prazo da PF, que se encerraria na última terça-feira (13), foi prolongado por mais cinco dias. A partir do momento em que a PF entregar sua conclusão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem cinco dias para oferecer a denúncia ao Supremo. Com o novo cronograma, a previsão é que a acusação formal do Ministério Público Federal (MPF) ocorra entre a sexta-feira (23) da semana que vem e a segunda-feira (26).

Aliados de Temer acreditam que a prorrogação do prazo pode complicar a situação do presidente, já que Janot conseguiria incluir na denúncia, além do relatório da Polícia Federal sobre Temer e o ex-assessor o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), o depoimento do doleiro Lúcio Funaro, considerado um dos principais operadores do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Tanto Cunha quanto Funaro foram presos na Lava Jato.

Michel Temer só se torna réu e passa a ser julgado no Supremo se não obtiver na Câmara o voto de pelo menos 172 deputados. Por isso, o governo traçou uma estratégia com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o Congresso Nacional suspenda o recesso, que vai do dia 18 a 31 de julho, para votar o quanto antes a admissibilidade ou não da denúncia. Interlocutores do Planalto acreditam que, no cenário atual, que poderia mudar depois do recesso, Temer tem os votos necessários para barrar a denúncia no STF.

Diante da movimentação de governo e aliados para votar a denúncia antes do recesso parlamentar, Rodrigo Janot já estuda, de acordo com fontes próximas no MPF, encaminhar as acusações em partes, e não de uma vez só. O método da PGR dificultaria as articulações de Temer. 

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