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Sede do PT do Paraná sofre ataque na madrugada desta quinta-feira

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A sede do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Paraná (PT-PR) foi alvo de atentado na madrugada desta quinta-feira (25). De acordo com imagens de câmeras de segurança, por volta das 4h20, duas pessoas encapuzadas atiraram as garrafas com líquido inflamável e pavio aceso. 

Uma das garrafas atingiu a parede do lado de fora e explodiu. O fogo se espalhou, mas apagou sozinho. A segunda rompeu o vidro e entrou em uma das salas, mas a garrafa continuou intacta e o pavio apagou sozinho.

Confira a nota do PT-PR na íntegra:

Quarto atentado terrorista à sede do PT do Paraná no período de um ano

NOTA DO PT-PR

Pela quarta vez em pouco mais de um ano, a sede do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Paraná (PT-PR) se torna alvo de atentado. 

Na madrugada passada, por volta das 4h20, duas pessoas encapuzadas arremessaram bombas de coquetéis molotov contra a sede do Partido. Um dos recipientes se partiu contra a parede externa da sede e pegou fogo ao lado de uma das janelas da fachada do prédio. Uma chama se formou do lado de fora e parte do material continuou aceso por mais de 20 minutos.

O outro, abriu um buraco na vidraça - embora ela seja protegida por grades - e foi cair dentro de uma sala, próximo a cortinas, móveis de madeira, computadores e documentos. A chama dessa segunda bomba não durou muito e o recipiente cheio de combustível inflamável não se partiu, senão o incêndio no interior poderia ter atingido grandes proporções. Ainda há forte odor de combustível dentro da sala.

É muito grave o que aconteceu e mais grave ainda por se tratar de fato reincidente. Preocupa-nos muito a violência causada pelo ódio e pela intolerância de pessoas que não admitem o pensamento diverso do delas, não toleram a diferença de opinião, não respeitam a vida do outro e usam da violência e da barbárie para impor o fascismo, a opressão e o terror.

O atentado não colocou em risco somente a sede do PT, mas toda a vizinhança no entorno, um bairro residencial. Se houvesse um incêndio de grandes proporções, por que era essa a intenção dos autores, os prejuízos contra o patrimônio do Partido, documentos e danos materiais diversos, mesmo que irrecuperáveis, seriam ainda poucos se comparados ao risco de o atentado incendiar e atingir também outras casas na vizinhança, onde as pessoas estavam dormindo naquele horário, ou mesmo contra os funcionários e dirigentes da sede durante o expediente normal. É desumano. É um retrato fiel da escalada do fascismo na sociedade.

O PT fez registro da ocorrência em delegacia de polícia e um inquérito deverá ser aberto para apurar o caso. Estive, acompanhado do presidente do Diretório Municipal de Curitiba, André Machado, da vereadora do Partido na Capital, Professora Josete, do ex-deputado federal Ângelo Vanhoni e de assessores do deputado Professor Lemos, líder do PT na Assembleia Legislativa do Paraná, participou no final da manhã de audiência com o chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Roberto Mello Milaneze, para relatar os fatos e pedir providências.

Os dois primeiros atentados aconteceram em março do ano passado e, no mês de agosto de 2016, houve também um assalto à mão armada contra duas funcionárias da sede do Partido e um prestador de serviços. Em todos os quatro episódios de violência contra o PT e funcionários da sua sede, a polícia foi acionada. Depois da audiência na Secretaria de Segurança Pública e diante dos compromissos lá assumidos, o PT sai confiante e com boas expectativas em relação ao trabalho da Polícia do Paraná no esclarecimento desses atentados.

Associando os fatos com a mensagem do poema “No caminho com Maiakóvski”, o PT lamenta e repudia o ódio e a intolerância que motivam tamanhos desrespeito, barbárie e violência, bem como a impunidade e a permissividade que fazem com que ela se repita e não cesse. A violência cometida contra o PT hoje, uma vez impune, uma vez não identificados ou se não forem responsabilizados os autores, amanhã poderá se voltar contra qualquer outro segmento, indivíduos e setores da sociedade. 

O próprio vazamento de gravação de conversa entre um profissional da imprensa e sua fonte – episódio de rompimento do sigilo este semana - chama a atenção de todos os comunicadores e formadores de opinião para o perigo da permissividade desses abusos cometidos.

O que houve ontem em Brasília, quando o governo federal praticamente colocou a cidade em estado de sítio para reprimir e conter as manifestações de descontentamento e protestos do movimento social, também é parte dessa violência absurda e fascista. Não se pode permitir e deixar passar simplesmente, pois ela se volta imediatamente contra todos.

Curitiba-PR, 25 de maio de 2017

Dr. Rosinha

Presidente eleito do PT-PR