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Em Genebra, Dilma nega propinas e defende Lula para 2018

Ex-presidente exigiu "provas" de acusações da Odebrecht

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A ex-presidente Dilma Rousseff disse neste sábado (11), em Genebra, na Suíça, que é "muito importante" garantir a Lula a possibilidade de ser candidato nas eleições de 2018. Destituída por um impeachment no ano passado, a petista disse que não será candidata, mas que lutará para que Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor e predecessor, possa concorrer e vencer. 

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"A campanha começa hoje", afirmou Dilma, durante uma coletiva de imprensa por ocasião do Fórum Internacional de Direitos Humanos que ocorre em Genebra. Questionada sobre o escândalo de corrupção da Odebrecht e os processos que citam o líder petista como um dos envolvidos nos esquemas, Dilma negou todas as acusações e exigiu "provas". Sua chapa presidencial eleitoral, composta pelo atual presidente Michel Temer, também está sendo alvo de investigações por suposto recebimento de caixa 2. Diretores e delatores da Odebrecht afirmaram em depoimento que pagaram mais de R$100 milhões em propinas para financiar a campanha da petista.

"Nunca pedi propina, nunca recebi propinas e, de fato, nunca falei com todos aqueles que agora estão sendo investigados ou presos por terem pago propinas", garantiu.

"Eu sou uma pessoa que precisa ver as provas. Se alguém acusa outra pessoa de algo, é preciso estar baseado em provas, e não em declarações", afirmou Dilma. A ex-presidente foi recebida como "popstar" no fórum suíço e recebeu longos aplausos. Dilma participou de um debate sobre a luta contra a miséria e a fome, apresentando medidas adotadas em seu governo e no de Lula no Brasil, como o "Bolsa Família". A intervenção de Dilma foi encerrada com gritos do público de "Fora Temer".