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Temer diz que não quer paternidade em obra do São Francisco, projeto de Lula

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Em meio a uma polêmica sobre a "paternidade" da transposição do Rio São Francisco, o presidente Michel Temer visitou um trecho do projeto na Paraíba, nesta sexta-feira (10), e afirmou que a obra só pode atribuída ao povo brasileiro.

“Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra”, disse o presidente durante visita ao Complexo Multimodal Aluízio Campos, em Campina Grande.

No Facebook, o ex-presidente Lula comemorou mais uma etapa de conclusão do projeto, que teve início durante seu governo. Segundo ele, a transposição do rio, que vai levar água a diversas cidades do Nordeste que sofrem com o abastecimento, era tido como uma obra impossível para os governos anteriores.

"Muita gente disse que era impossível fazer a transposição do rio São Francisco. Quem estava no poder estudava, estudava, mas nada fazia. Até que Lula foi lá e fez. Em 2007 as obras começaram. A água começou a chegar a Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Serão 12 milhões de pessoas beneficiadas em 390 municípios. São 470 km de canais, túneis, aquedutos e barragens. São ainda 38 ações socioambientais, como o resgate de bens arqueológicos e o monitoramento da fauna e flora. Conforme as imagens começam a chegar, mostrando a felicidade do povo sertanejo ao ver seu sonho se tornando realidade, chega também a certeza de que esse é um esforço que está mudando e ainda vai mudar muito o Brasil", disse Lula.

No complexo, serão instalados diversos empreendimentos comerciais, industriais, científicos e tecnológicos, além de empresas do setor de logística. Localizado próximo a terminais rodoviários, aeroviários e portuários, além de ferrovias, gasoduto e às BRs-104 e 230, o complexo representará facilidades para o escoamento do que for produzido na região.

Durante o evento, Temer assinou a ordem de serviço para a adequação de capacidade da BR-230, trecho Cabedelo-Oitizeiro. As obras na rodovia, ao longo de 28 quilômetros (km), vão envolver a criação da terceira faixa em alguns pontos e a construção de viadutos e passarelas.

De Campina Grande, o presidente irá aos municípios de Sertânia e de Monteiro, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba, para ver a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco. Em Sertânia, ele abrirá a comporta de um dos trechos de transposição do Rio São Francisco.

De helicóptero, o presidente vai se deslocar até o município de Monteiro, no lado paraibano, para acompanhar o deslocamento das águas do São Francisco. Em Monteiro, ele participa de cerimônia alusiva à chegada das águas, com a presença de autoridades locais.