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São Paulo inaugura casa de acolhimento provisório

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A partir deste sábado (10) mulheres em situação de violência doméstica e familiar de gênero e seus filhos com idade inferior a 18 anos contarão com uma casa de acolhimento temporário. Na Casa da Mulher Paulistana da zona Norte – Casa Rosângela Rigo - há capacidade para alojar 20 pessoas e as mulheres nessa situação de risco poderão ficar por até 15 dias prorrogáveis por mais 15. Mulheres vítimas de tráfico de pessoas também serão acolhidas.

Durante esse período, a mulher receberá atendimento psicológico e social e será encaminhada para orientação e atendimento jurídico. Além disso, haverá atividades diárias na casa, como rodas de conversa, palestras grupos reflexivos para as mulheres e atividades pedagógicas , recreativas e lúdicas para seus filhos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, responsável pelo serviço, há na capital paulista outros 11 locais especializados no atendimento de mulheres em situação de violência, entre os quais, cinco Centros de Referência da Mulher, cinco Centros de Cidadania da Mulher e uma Casa Abrigo, com endereço sigiloso.

Segundo a coordenadora do Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Maria Nagy, para ser acolhida na casa a mulher precisará passar por um dos serviços especializados da prefeitura para avaliar o risco e a necessidade de acolhimento. “Essa rede primária de atendimento pode ser um dos Centros de Referência e de Cidadania da Mulher ou os Centros de Defesa e Convivência da Mulher ou os Centros de Referência Especializado de Assistência Social”.

Mulher passa a ter opções

Em casos extremos nos quais a mulher não tem mais tempo de ir para casas de acolhimento sigiloso ou se esses centros de atendimento não estiveram abertos (como em fins de semana, feriados e durante a madrugada), a vítima poderá ir para a Casa Rosângela Rigo.

“Como a casa funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com equipe de plantão noturno, a mulher pode ser levada pela Guarda Civil Municipal ou ser encaminhada de delegacias ou prontos-socorros”, disse.

Maria Nagy lembrou que até junho de 2017 será finalizada e inaugurada a Casa da Mulher Paulistana Zona Sul, que fica na Vila Mariana e tem capacidade para receber até 64 pessoas.

“Ter casas de acolhimento provisório é um ganho grande para a cidade porque essa era uma demanda antiga e ganhamos capacidade instalada maior para proteger as mulheres. Mas o contraditório é que ainda precisamos ter essas casas de abrigo. Gostaria de usar o recurso que utilizamos para a proteção da mulher para promoção de igualdade de gênero, de relações mais afáveis na sociedade e que conseguíssemos fazer isso”, disse Maria.