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'The New York Times': Justiça afasta Presidente do Senado do Brasil 

Reportagem diz que senador é acusado de desvio de dinheiro público

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Matéria publicada nesta terça-feira (6) pelo jornal norte-americano The New York Times conta que o presidente do Senado, Renan Calheiros, foi afastado de seu cargo por decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello, na noite de segunda-feira (5), um dia após o Brasil registrar as primeiras grandes passeatas contra a corrupção desde o impeachment de Dilma Rousseff.

A reportagem do Times diz que a justiça baseou sua decisão no fato de que o líder do Senado, Renan Calheiros, no recebimento de empréstimos de uma locadora de carros para tentar justificar a movimentação de dinheiro que fez para pagar a pensão de sua filha. 

Conforme o Ministério Público, há indícios de que o político usou irregularmente dinheiro da verba indenizatória do Senado para pagar a locadora sem que o serviço tenha sido prestado. Na época levantou-se suspeita de que a despesa era paga por um lobista, acrescenta o jornal.

O NYT observa que a decisão de marco Aurélio reflete a intensificação do tumulto político no Brasil, no ano em que a presidente Dilma Rousseff foi destituída. O noticiário lembra que o processo de impeachment foi orquestrado por Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que agora está preso sob acusações de corrupção.

> > The New York Times Supreme Court Justice Removes Brazil’s Senate Leader Amid Graft Case

O texto do NYT analisa que o movimento de afastamento do Presidente do Senado vem em meio a um tenso impasse entre o Congresso e o Judiciário. Na semana passada, a câmara realizou uma sessão na qual seus membros modificaram alterações em um esperado projeto anticorrupção.

A legislação, que iria prejudicar a autoridade dos promotores e juízes que orientam os inquéritos de corrupção seguiram para o Senado, onde Renan Calheiros tentou, sem êxito, votar pela lei de abuso de autoridade. 

Milhares de brasileiros saíram às ruas no domingo para protestar contra os movimentos no Congresso, liberando sua ira especialmente contra Renan Calheiros, conclui o New York Times.