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Cunha pede Lula e Temer como testemunhas de defesa na Lava Jato

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O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Henrique Alves (PMDB-RN) e outras figuras públicas para atuarem como testemunhas de defesa no processo que responde na Lava Jato em Curitiba.

A convocação das testemunhas faz parte da defesa prévia, protocolada no sistema da Justiça Federal na noite desta terça-feira (1º). A defesa quer que a denúncia contra o ex-deputado seja rejeitada. 

Eduardo Cunha também rejeição da acusação de corrupção passiva, de parte da acusação de conduta criminosa em relação ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, a absolvição sumária do crime de evasão de divisas, a suspensão do processo até o julgamento de embargos de declaração apresentados ao STF e a nulidade das provas. A defesa também alega que não teve acesso a provas. 

Foram incluídas 22 testemunhas no processo. Os advogados argumentaram que "o número de testemunhas se justifica pelo número de fatos imputados ao defendente".

>> Cunha diz que vai fechar delação premiada se família ficar mais exposta

Cunha está preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro. De acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal, "há evidências" de contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram identificadas, o que colocaria as investigações em risco. Os procuradores ressaltaram ainda que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e poderia fugir do país.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro, já que o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado.

Veja a lista de testemunhas

Michel Miguel Elias Temer Lulia, presidente da República

Felipe Bernardi Capistrano Diniz, economista, filho de ex-deputado Fernando Diniz 

Henrique Eduardo Lyra Alves, ex-ministro do Turismo nos governos Dilma e Temer

Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, ex-deputado federal

Mauro Ribeiro Lopes, deputado federal

Leonardo Lemos Barros Quintão, deputado federal

José Saraiva Felipe, deputado federal

João Lúcio Magalhães Bifano, ex-deputado federal

Nelson Tadeu Filipelli, ex-deputado federal

Benício Schettini Frazão, Engenheiro ligado à Petrobras

Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, ex-gerente da Petrobras

Sócrates José Fernandes Marques da Silva, ex-engenheiro da Petrobras

Delcídio do Amaral Gómez, ex-senador cassado

Mary Kiyonaga, ligada ao Banco Merrill Lynch

Elisa Mailhos, ligada à empresa Posadas Y Vecino

Luis Maria Pineyrua, ligados à empresa Posadas Y Vecino

Nestor Cuñat Cerveró, ex-diretor Petrobras e colaborar da Lava Jato

João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara

Hamylton Pinheiro Padilha Júnior, ex-diretor da Petrobras e colaborador da Lava Jato

Luís Inácio Lula da Silva, ex-presidente

José Carlos da Costa Marques Bumlai, pecuarista e um dos réus da Lava Jato

José Tadeu de Chiara, advogado