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Michel Temer clama pela harmonia dos Três Poderes

Presidente elogiou atuação do Congresso na aprovação de matérias de interesse do governo

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As desavenças entre o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, nos últimos dias, levaram o presidente Michel Temer a pedir, nesta quinta-feira (27), harmonia entre os Três Poderes. 

"Nós precisamos, mais do que nunca, mudar a cultura política do país. Nós precisamos ter ciência e consciência de que as instituições hão de ser preservadas e respeitadas. De que nós temos uma harmonia absoluta entre os poderes do Estado e queremos ampliar esta harmonia para todos os setores sociais", disse Temer, durante cerimônia de lançamento do mutirão de renegociação e sanção de leis referentes ao Supersimples e ao Salão Parceiro.

Em seu discurso para uma plateia de ministros, deputados da base aliada e para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer fez um afago no Congresso, ressaltando a importância de ter apoio da Câmara e do Senado nos projetos de lei do Supersimples e do Salão Parceiro e lembrando que "governo se exerce do Executivo com o Legislativo".

"Temos dialogado intensamente com o Congresso Nacional, na convicção mais democrática absoluta, segura, firme, de que governo se exerce do Executivo com o Legislativo. Se nós não tivermos o apoio do Congresso Nacional, nós não conseguiremos chegar a lugar nenhum e muito menos aqui. Basta verificar - e eu falava há pouco com Otávio Leite, e para todos os cervejeiros, não é? - se não fosse o Congresso Nacional, nós não chegaríamos até aqui. Não só pelo número de deputados e senadores que se envolveram nessa matéria, mas especialmente pelo trabalho que todos realizaram", elogiou.

Caso com Polícia Legislativa deflagrou crise entre Poderes

Na última sexta-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a Operação Métis para apurar suposta tentativa de obstrução de investigações sobre parlamentares na Operação Lava Jato. A prisão de agentes da Polícia Legislativa, que fizeram um trabalho de contrainteligência para identificar possíveis escutas nas casas de parlamentares e nas dependências do Congresso, iniciou a crise entre os Três Poderes.

No mesmo dia, o presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou a falta de ação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sobre a Polícia Federal, classificando o ministro de Michel Temer como "no máximo, um chefete de polícia". Na sequência, Renan fez críticas ao juiz de primeira instância que autorizou a entrada da PF no Senado e recebeu uma dura resposta da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que se disse atingida toda vez que um juiz é ofendido no exercício de sua função.