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Gleisi Hoffmann diz que terá "benefício da dúvida" no STF

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que virou ré nesta terça-feira (27) na Operação Lava Jato, disse que recebeu “com tristeza” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar a denúncia contra ela e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, feita pela Procuradoria-Geral da República. Gleisi disse que a abertura do processo lhe dá “o benefício da dúvida”, que deverá pesar quando o julgamento acontecer.

“Embora eu respeite muito a Justiça do nosso país, devo dizer que recebi com profunda tristeza a aceitação por parte da Segunda Turma [do STF] contra mim e também contra o Paulo. Mas também, no voto do relator Teori Zavaski, ele coloca que não tem certeza dos fatos ocorridos. Portanto, me dá o benefício da dúvida, coisa que eu não tive até agora. E estou ciente de que o Supremo Tribunal Federal vai analisar com profundidade o processo, vai conseguir ver que não há sustentação [para a denúncia]”, disse a senadora em entrevista após a decisão do Supremo.

Gleisi, que foi ministra da Casa Civil no primeiro governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, reiterou que é inocente e que não conhece o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ligados a ela pela força-tarefa da Lava Jato. Para a senadora, os processos relacionados à Lava Jato estão “muito politizados”.

“Estou dizendo que está politizado esse processo da Lava Jato e está todo mundo muito pressionado, pela própria sociedade. Então, todo mundo tem muito medo de errar, de fazer coisas que não são corretas, e pode ser que acabe exacerbando para outro lado. Não quero fazer aqui nenhum julgamento e não estou fazendo, reitero que respeito o Judiciário, mas tenho profunda tristeza por ter recebido a denúncia”, disse.