Derrotado pela presidente Dilma Rousseff nas urnas em 2014 e constantemente acusado de tentar promover um terceiro turno das eleições por não aceitar o resultado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) acusou Dilma Rousseff de tentar desqualificar seus adversários. Em seu pronunciamento de 10 minutos, na sessão de julgamento da presidente afastada, nesta terça-feira (30), o tucano disse esperar que a conclusão do processo de impeachment conduza o Brasil a um tempo de esperança e confiança.
"Foram os brasileiros que, nas ruas, disseram que o governo não tinha mais legitimidade. Mas é hora de olharmos para frente e pensarmos no dia de amanhã", defendeu.
Aécio, que cobrou uma agenda de reformas estruturantes para superar o “tempo negro” dos últimos anos, afirmou que o impeachment sinalizará o fortalecimento da democracia e da ética no Brasil.
O senador argumentou que o processo de impeachment respeita à Constituição, e os crimes de responsabilidade de Dilma são tão claros que os senadores contrários ao processo não conseguem rebater os argumentos da acusação. Por esse motivo, segundo Aécio, tentam desqualificar a advogada Janaina Paschoal, os meios de comunicação e o procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
"Nada superará a verdade. Nada falará mais alto que os autos que estamos aqui julgando", disse.
Aécio Neves também manifestou sua perplexidade com a “inversão de valores” de Dilma quando ela acusa a oposição de desestabilizar seu governo. Em sua opinião, os atos ilegais da presidente afastada contribuíram para aprofundar a crise e tiveram reflexos negativos na vida dos brasileiros, aumentando a inflação, o desemprego e o endividamento das famílias.
Com Agência Senado