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Bumlai depõe sobre sítio em Atibaia investigado na Lava Jato

Pecuarista está em prisão domiciliar para tratar câncer e problemas cardíacos

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O pecuarista José Carlos Bumlai prestou depoimento nesta quinta-feira (17) na sede da Polícia Federal em São Paulo, sobre sua participação na reforma do sítio em Atibaia investigado na Operação Lava Jato como sendo de propriedade do ex-presidente Lula. 

Bumlai saiu acompanhado de sua advogada Daniela Meggiolaro, mas, segundo ela, eles não poderiam dar detalhes do depoimento porque a investigação corre sob segredo de justiça.

“[Depoimento] foi muito simples, sobre a participação dele na reforma do sítio, que foi muito pequena”, disse a advogada. Segundo ela,  Bumlai respondeu às perguntas "como sempre fez". "Desde que foi preso, ele só tem dado demonstrações de que pretende oferecer o maior número de detalhes e informações sobre qualquer participação dele nos fatos que são apurados na Operação Lava Jato", acrescentou Daniela.

>> Sérgio Moro adia retorno de José Carlos Bumlai ao presídio

Os advogados de Bumlai ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de habeas corpus para evitar que ele retorne à prisão. O pecuarista está, atualmente, em prisão domiciliar para tratamento de um câncer na bexiga e de problemas cardíacos. 

Na semana passada, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que Bumlai se apresente à Polícia Federal (PF), no próximo dia 23, para que seja novamente levado para o Complexo Médico Penal da capital paranaense.

A mulher de Lula, Marisa Letícia, e seu filho, Fábio Luís Lula da Silva, não compareceram na terça-feira (16) ao depoimento marcado pela Polícia Federal de Curitiba. O advogado do ex-presidente Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, disse, na ocasião, em entrevista coletiva na capital paulista, que o não comparecimento dos dois ao depoimento foi apenas o exercício de um direito previsto na Constituição.

O depoimento estava marcado para as 10h de terça-feira na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo e fazia parte da Operação Lava Jato. Na ocasião, seria abordada a questão das reformas feitas no sítio em Atibaia, cuja propriedade é atribuída a Lula. Segundo o inquérito, as reformas teriam sido feitas com recursos desviados da Petrobras.