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Recesso junino da Câmara custa R$ 20 milhões aos cofres públicos

Valor equivale ao custo de construção de 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida

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Num momento em que o país atravessa grave crise financeira, e que a necessidade da aprovação de medidas econômicas é urgente para que o cenário se reverta, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de dar dias extras de folga aos deputados no período de festas juninas, entre os dia 20 de junho e 1º de julho, teve forte repercussão negativa. Como se não bastasse o adiamento da pauta de votações, o recesso junino ainda vai custar aos cofres públicos R$ 20 milhões, segundo levantamento do jornal espanhol El País.

O cálculo se baseia no custo diário dos parlamentares: R$ 2,87 milhões. Além dos salários, a conta inclui gastos com auxílio moradia, verba de gabinete, alimentação, transporte, aluguel de veículo e imóveis, além de verbas com a divulgação do mandato. 

Waldir Maranhão argumentou, por meio de sua assessoria, que a paralisação se deve a “festejos juninos, durante os quais há grande mobilização popular, especialmente na região Nordeste do país”. 

Para se ter uma ideia, um imóvel oferecido em financiamentos do Feirão da Caixa custa em torno de R$ 70 mil. Os R$ 20 milhões corresponderiam a 278 moradias.

Levantamentos dão conta ainda de que o custo da obra de uma moradia do Minha Casa, Minha Vida giraria em torno de R$ 40 mil. Neste caso, os R$ 20 milhões corresponderiam ao custo da construção de 500 casas.