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Lindbergh diz que prisão de Paulo Bernardo é para atingir Gleisi Hoffmann

Marido de senadora que integra comissão de impeachment foi preso nesta quinta

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (23), na comissão especial de impeachment do Senado, que a prisão de Paulo Bernardo nesta manhã tem motivação política e o objetivo de atingir a mulher do ex-ministro, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que não compareceu à sessão que ouve testemunhas a respeito do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff.

"Fizeram para atingi-la, sabiam que se tivessem que envolvê-la teriam que passar pelo Supremo Tribunal Federal. Estou desconfiadíssimo das motivações políticas desse caso", disse Lindbergh, acrescentando que confia na senadora. "É difícil pensar numa pessoa mais honesta e íntegra do que a Gleisi Hoffmann aqui no Senado. Ela não tem conta no exterior, não tem nada com isso".

O senador petista disse, ainda, que há uma articulação para enfraquecer a base de apoio da presidente Dilma na comissão de impeachment. Ele garantiu, porém, que a linha de frente que reúne, entre outros, ele, Gleisi e a senadora Vanessa Grazziontin (PCdoB), vai continuar firme. "Nossa postura aqui não muda um centímetro".

Ministro da Justiça de Temer encontra Moro e "japonês da Federal"

Nesta terça-feira (21), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu em Curitiba com o juiz federal Sérgio Moro, coordenador da Lava Jato, e com a equipe da Polícia Federal. Moraes foi recebido nas instalações da PF por Newton Hishii, mais conhecido por sua participação nas prisões da operação como "japonês da Federal". No encontro, o ministro de Temer foi chamado de "professor" por Sérgio Moro.

Questionado posteriormente sobre uma possível tentativa de influência na operação por conta de sua ida a Curitiba, o ministro aproveitou para disparar contra o governo de Dilma, em resposta à Folha de S.Paulo.

"Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse Moraes.