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Le Monde diz que saída de Dilma evidencia preconceito contra mulheres no Brasil

Socióloga analisa que direita conservadora do Brasil não aceita bem mulheres na política

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O jornal francês Le Monde entrevistou a presidente do Brasil afastada Dilma Rousseff e publicou nesta sexta-feira (20) uma matéria em seu site, onde fala sobre a questão do preconceito contra as mulheres, que ficou bem evidente com o processo de impeachment e o ressurgimento de um forte movimento de direita conservadora no país. 

Segundo a reportagem, Dilma é reconhecida por ser incorruptível, mas é chamada de prepotente e incompetente, sendo responsabilizada pela crise econômica atual do país, que enfrenta sua pior recessão em mais de duas décadas. Seria este o preço que se paga por ser uma mulher em um mundo político dominado pelos homens, questiona o Le Monde em seu texto.  

"Alguns agiriam de forma diferente comigo se eu fosse um homem", disse Dilma Rousseff no dia 19 de abril em coletiva de imprensa, em Brasília.

Em entrevista ao Le Monde, a ex-guerrilheira que foi torturada durante a ditadura militar (1964-1985), disse ter sido ferido pela "brutalidade" dos seus adversários políticos, mas também pelo machismo. A socióloga Clara Maria de Oliveira, sociólogo, coordenadora do Centro de Estudos sobre as desigualdades e as relações de gênero contemporâneo, analisa o processo de impeachment de Dilma como um ressurgimento dos valores familiares conservadores ligados ao Brasil, onde a mulher não seria bem "aceita na política".

O jornal francês diz que a presidente está afastada por 180 dias e corre o risco de ser deposta e acrescenta que no Brasil existem controvérsias sobre a legalidade do processo com base nas "pedaladas fiscais". Alguns consideram legítimo e outros não. 

Para ler matéria na íntegra, clique aqui:

> > > Le Monde