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STF teme confronto traumático com afastamento de Eduardo Cunha

Réu na Lava Jato, deputado é o segundo na linha sucessória do país

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O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alertado nos últimos dias pelo relator da Lava Jato na Suprema Corte, ministro Teori Zavascki, sobre a urgência de uma decisão sobre a linha sucessória no comando do país. Se a presidente Dilma Rousseff for afastada, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode vir a assumir a Presidência da República quando Michel Temer se ausentar do país para viagens oficiais.

No entanto, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo deste sábado (30), o STF vê com receio a possibilidade de um confronto traumático com o Legislativo e estuda a possibilidade de um afastamento temporário de Cunha durante eventual viagem de Temer para fora do país.

Embora Eduardo Cunha tenha sido denunciado há mais de quatro meses por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ocultação de contas no exterior pelo Ministério Público Federal (MPF) e tenha se tornado réu no STF, os ministros da Suprema Corte ainda não têm data prevista para julgar o peemedebista.

O presidente da Câmara é, também, alvo de um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, acusado de mentir na CPI da Petrobras ao negar que fosse titular de contas no exterior, o que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, provou não ser verdade. Cunha e aliados vêm manobrando o Regimento Interno da Câmara para evitar a cassação de mandato.

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