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Presidente Dilma embarca para Nova Iorque para cerimônia na ONU

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A presidente Dilma Rousseff embarcou na manhã desta quinta-feira (21) para Nova Iorque (EUA). Na sexta-feira, ela vai participar da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). A ida da mandatária ao exterior gerou preocupação entre políticos da oposição e também entre ministros do STF, em meio à publicações na imprensa estrangeira que se referem ao processo de impeachment aprovado na Câmara contra ele como "golpe".

Na ONU, Dilma terá cinco minutos para se pronunciar. A expectativa é que a presidente use este tempo para reforçar o discurso que tem adotado no Brasil, de crítica ao impeachment e de apontá-lo como um golpe. Com a viagem, seu vice-presidente Michel Temer assumirá o posto.

Nesta quarta-feira, a presidente afirmou, em entrevista a blogueiros no Palácio do Planalto, que vai lutar em todos os níveis contra o que chamou de “eleição indireta travestida de impeachment”. De acordo com ela, o governo, apesar de respeitar a legislação e a representatividade do Congresso, considera ilegítima e distorcida a forma como se deu o rito do pedido de interrupção do seu mandato.

“O que está em questão não é o meu mandato, está em questão o processo democrático. Ou seja, está em questão aquilo que a gente dava como garantido. Eu nunca achei que outra vez eu ia estar lutando por democracia. Então, como isso está em jogo eu vou lutar em todas as trincheiras que eu puder para derrotar esse golpe, onde for necessário eu vou", ressaltou a presidente Dilma.

A viagem foi decidida na noite de terça-feira (19). No domingo (17), o JB já havia antecipado que, caso o impeachment fosse aprovado na Câmara, Dilma e o ex-presidente Lula iniciariam viagens ao exterior com o objetivo de denunciar uma tentativa de golpe para tirá-la da Presidência.

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Na terça-feira, Dilma deu entrevista a jornais internacionais destacando que está sendo vítima de um processo de impeachment baseado em uma injusta fraude jurídica e política. A mandatária ressaltou que, nos períodos democráticos do país, todos os presidentes enfrentaram processos de impedimento no Congresso Nacional.

“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu País, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”, destacou Dilma. 

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