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Lutarei em todas as trincheiras para derrotar o golpe, diz Dilma a blogueiros

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A presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista a blogueiros no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (20), que vai lutar em todos os níveis contra o que chamou de “eleição indireta travestida de impeachment”. De acordo com ela, o governo, apesar de respeitar a legislação e a representatividade do Congresso, considera ilegítima e distorcida a forma como se deu o rito do pedido de interrupção do seu mandato.

“O que está em questão não é o meu mandato, está em questão o processo democrático. Ou seja, está em questão aquilo que a gente dava como garantido. Eu nunca achei que outra vez eu ia estar lutando por democracia. Então, como isso está em jogo eu vou lutar em todas as trincheiras que eu puder para derrotar esse golpe, onde for necessário eu vou", ressaltou Dilma.

"Uma coisa é respeitar, outra coisa é saber que o rito foi inteiramente permeado de cerceamento à defesa e desvio de poder por parte de quem o conduzia”, completou.

Dilma também falou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), réu no STF por envolvimento com o "petrolão", foi o “conspirador-mor” da desestabilização do seu governo, e que o deputado representa “o pecado original” do processo de impeachment.

“O conspirador faz o processo de impeachment, não olhando as bases reais dele, mas olhando o fato de que os seus, a sua negociação chantagista não tinha sido aceita. […] Mas o fulcro da ilegitimidade é que quem quer me substituir e conspirou para isso, não tem voto popular. E só tem um jeito de você legitimar-se na democracia, voto popular”, argumentou.

A presidente Dilma também se disse confiante em relação à continuidade do seu governo. Ela acredita que chegou o momento de se provar quem são os verdadeiros democratas do Brasil. 

“Quem vai respeitar a Constituição Federal nesse País? Estou sofrendo o pior dos agravos que é ser condenada injustamente. […] Não acho que seja algo decisivo. Tenho que manter o que sou, sou presidente da República Federativa do Brasil, eleita por 54 milhões de votos.”

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