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'Washington Post': Brasil precisa de novas eleições, não de impeachment

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Matéria publicada nesta terça-feira (19) pelo Washington Post, se inicia contando que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff insiste em dizer que o movimento de impeachment contra ela é "um golpe contra a democracia". No domingo (17), uma votação aprovou o processo de impeachment contra Dilma e agora o Senado deve decidir sobre a possibilidade de removê-la temporariamente do cargo enquanto seu caso for julgado. 

Segundo a reportagem do jornal americano, a acusação contra Dilma é preocupante por uma série de razões, uma delas seria o fato de oferecer poucas perspectivas para acabar com a crise política do Brasil, ou encontrar alguma medida para resolver os profundos problemas econômicos da nação. 

O diário destaca que Dilma não está envolvida no maior escândalo de corrupção da história do Brasil, relacionado a Petrobras, que já colocou em situação preocupante muitos políticos e executivos. Sendo alguns tendo sido presos e outros sob intensa investigação.

A maioria dos deputados que votaram para acusar a presidente enfrentam processos, ressalta Washington Post no texto. O vice-presidente Michel Temer, que assumiria a presidência, foi acusado do mesmo crime orçamentário que a presidente. O líder da campanha contra Dilma, Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o segundo na linha de sucessão presidencial, é acusado de receber milhões de dólares em subornos e enviar dinheiro para contas na Suíça.

De acordo com WP, é provável que o resultado final do impeachment seja uma continuação da crítica situação econômica que o país se encontra. O Fundo Monetário Internacional prevê que a economia do Brasil se contraia cerca de 4 por cento no segundo semestre. Enquanto isso, promotores e juízes continuam com as investigações criminais que podem salvar um próximo governo de novos casos de corrupção. 

Para o Post, a melhor saída para o Brasil seriam novas eleições. Se isto não aacontecer, a maior potência da América Latina pode ser condenado a passar os próximos anos em recessão e conflitos internos.