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Jornalista Mirian Dutra chega à PF em São Paulo para depoimento

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A jornalista Mirian Dutra, que teve um relacionamento com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC), chegou no início da tarde desta quinta-feira (7) à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em São Paulo. Mirian chegou acompanhada do advogado José Diogo Bastos, mas eles não falaram com a imprensa.

Ela deve prestar depoimento nesta quinta-feira sobre as declarações que fez a revistas brasileiras em que ela acusa o ex-presidente de ter enviado dinheiro para o exterior, usando uma empresa chamada Brasif, para pagamento de despesas do filho que ela diz ter tido com FHC. O inquérito para descobrir sobre o suposto uso da empresa por FHC para enviar dinheiro para Mirian Dutra foi aberto em fevereiro deste ano pela Polícia Federal.

>> Ex-namorada revela detalhes sobre filho e relação com FHC

Em entrevista à revista BrazilcomZ deste mês, Mirian confirmou que teve um relacionamento com Fernando Henrique Cardoso antes de ele se tornar presidente da República, durante parte dos anos 1980 e início da década de 1990, e afirmou que seu filho, Tomás Dutra Schmidt, atualmente com 23 anos, é filho de FHC. Mirian disse ainda que o ex-presidente usou uma empresa para enviar dinheiro para o filho no exterior.

À Folha de São Paulo, a jornalista disse que a primeira transferência foi feita por meio de um contrato fictício de trabalho, no fim de 2002. O documento, obtido pelo jornal, mostra que a contratante é a Eurotrade, com sede nas Ilhas Cayman. A empresa era subsidiária do grupo Brasif que, na época, monopolizava a exploração de free shops, serviço administrado pelo governo federal. Apesar de ter dado dinheiro a Tomás, Mirian disse que FHC nunca assumiu a paternidade do rapaz. Perguntada sobre o motivo de só ter trazido os fatos à tona agora, a jornalista disse que “está na hora das pessoas começarem a saber a verdade”.

À EBC, em fevereiro, a Brasif confirmou ter contratado a jornalista Mirian Dutra, em 2002, mas negou a participação do ex-presidente na contratação ou no depósito de dinheiro na conta da empresa para ser repassado a ela.