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Lista da Odebrecht relaciona mais de 200 políticos e valores 

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Entre os documentos que a Polícia Federal aprendeu na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, em 22 de fevereiro, estão listas que enumeram valores, políticos e até apelidos. Impressiona a quantidade de políticos que aparecem na relação - mais de 200 - dos mais variados partidos, tanto do governo quanto da oposição.

Estão os nomes que surgem estão o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), do chefe de Gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre inúmeros outros.

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As planilhas também revelam documentos de alguns políticos: Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório: Jaques Wagner: Passivo, Eduardo Cunha: Caranguejo, Renan (Calheiros): Atleta, José Sarney: Escritor, Eduardo Paes: Nervosinho, Humberto Costa: Drácula, Manuela D’Ávila: Avião.

Após as planilhas terem sido tornadas públicas, o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, decretou seu sigilo. Em despacho, o juiz também intima o Ministério Público Federal que se manifeste "com urgência" sobre o envio do documento ao Supremo Tribunal Federal. "Para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado", afirmou o juiz.