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Lula é alvo de mandado de condução coercitiva da Polícia Federal

Nova fase da Lava Jato é realizada desde a madrugada em SP, no Rio e na Bahia

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A Polícia Federal iniciou uma 24a. fase da Operação Lava Jato nesta sexta-feira (4) na casa do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, em São Bernardo do Campo. A ação também envolve outros locais em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. De acordo com a PF, o ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e terá que prestar esclarecimentos. Lula já foi encaminhado à Polícia Federal.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, é alvo de outro mandado de condução, na ação que foi batizada pelos policiais como “Aletheia”, em referência a expressão grega “busca da verdade”.

São 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - para que a pessoa preste depoimentos. Às 6h50, policiais estavam em frente ao Instituto Lula, em São Paulo.

A Operação Lava Jato começou em março de 2014 e investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A Polícia Federal alegou que, entre os crimes investigados nesta fase, estão corrupção e lavagem de dinheiro.

Na semana passada, na 23ª fase da Operação, batizada de Acarajé, a PF prendeu o marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher, Monica Moura, alegando uma suspeita de que os dois tenham recebido US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior, que teriam origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Lava Jato.

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João Santana é publicitário e trabalhou das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da reeleição do ex-presidente Lula em 2006. O juiz federal Sérgio Moro converteu a prisão temporária do casal para preventiva. 

Nesta quinta-feira (3), o Instituto Lula divulgou uma nota criticando as "acusações sem provas e denúncias sem fundamento", falando sobre a reportagem da revista IstoÉ, que revelou a suposta delação premiada do senador Delcídio que comprometeria o ex-presidente Lula e a presidente Dilma. O senador divulgou nota no mesmo dia, e não confirmou o conteúdo sobre delação. "Não conhecemos a origem, tampouco a autenticidade", disse a nota do senador Delcídio.

"São completamente falsas as acusações feitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em matéria publicada hoje (3) pela revista IstoÉ. O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, antes, durante ou depois de seu governo, seja em relação aos fatos investigados pela Operação Lava Jato ou quaisquer outros citados pela revista. A sociedade brasileira não pode mais ficar à mercê de um jogo de vazamentos ilegais, acusações sem provas e denúncias sem fundamento", informou o Instituto Lula.