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Intelectuais e artistas defendem projeto popular e repudiam perseguição a Lula

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite de sexta-feira (26), de um encontro com intelectuais, artistas e cientistas do Rio de Janeiro para debater os desafios e perspectivas do país. Convidados pelo escritor Roberto Amaral, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB, eles se posicionaram em defesa do estado democrático de direito e do projeto de crescimento com inclusão social e independência nacional aplicado desde 2003.

“A presunção da inocência não vale mais nada. Nunca valeu para o preto e pobre, e agora não está valendo para ninguém”, disse Eni Moreira, advogada de diversos presos políticos durante a ditadura militar, de acordo com informações do Instituto Lula. 

“Então um sujeito que está mofando na cadeia, pressionado com a possibilidade de prisão de mulher e filhos, assina um contrato de toma lá, dá cá. Uma barganha, como se chama esse mecanismo nos Estados Unidos. A mídia repercute qualquer acusação e nunca mais a imagem das pessoas se recupera. É como no ditado árabe: lance as penas de um ganso ao vento, e depois tente recolhê-las. É impossível”, completou.

O músico Tico Santa Cruz, por sua vez, relatou como sofreu ameaças de morte contra seus filhos pelas suas publicações nas redes sociais. “É necessário fazer a autocrítica, porque se avançamos na distribuição de renda, não avançamos na comunicação”, afirmou, defendendo que forças progressistas utilizem mais e melhor a internet.

Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, afirmou que o que o que está em jogo são as próximas décadas do desenvolvimento brasileiro. “Por isso também atacam o petróleo, falam em terra arrasada na economia, tentam recriar conflito com a Argentina. Hoje, como em 1964. A diferença é só que o elemento de desestabilização não é mais o exército”.

“O ódio despejado sobre nós neste momento é por conta do que aconteceu neste país”, corroborou Lula. “Uma verdadeira revolução em 12 anos. Quantas pessoas foram incluídas? Que quantidade de pessoas foi à universidade? Que quantidade de pessoas passou a comer três vezes por dia?”, completou.