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STF impõe derrota a Cunha, após garantir posse de aliado de Picciani na Câmara

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Decisão liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para garantir que o vereador Átila Nunes (PMDB-RJ) tome posse como suplente na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6) é mais uma derrota da ala peemedebista do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente Michel Temer, que é também presidente nacional do PMDB.

A estratégia foi articulada pelo PMDB do Rio de Janeiro e teve início com a nomeação do deputado federal Ezequiel Teixeira (PMDB-RJ) pelo governador Luiz Fernando Pezão para a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado. A nomeação abriu caminho para que o suplente assumisse o cargo em Brasília. Eduardo Cunha tentou brecar a posse, argumentando que ela entra em conflito com o mandato municipal, mas foi derrotado pela decisão do Supremo.

Aliado de Picciani e de Pezão, e consequentemente da presidente Dilma Rousseff, Átila surge como mais um voto favorável para a reeleição do atual líder de bancada de deputados peemedebistas na Câmara. No final de dezembro, uma reviravolta, depois da destituição de Picciani, o reconduziu ao posto de líder, graças a ida dos deputados fluminenses licenciados Pedro Paulo e Marco Antonio Cabral, então secretários das gestões peemedebistas na capital e no Estado.

Picciani é um dos responsáveis pelo enfraquecimento de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara e vem sendo visto como um dos maiores aliados da presidente Dilma na tentativa de derrubar o processo de impeachment que pode ser aberto na Casa.