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'Não tenho por que desconfiar nem um milímetro de Temer', afirma Dilma

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (7), logo após reunião com 30 juristas que são contrários ao pedido de impeachment, que sua confiança no vice-presidente Michel Temer não recuou nem um milímetro, contrariando as notícias de que o peemedebista estaria articulando para assumir o Planalto em seu lugar.

"Não só confio, como sempre confiei. Não é essa a posição que sei dele, prefiro ter a posição que sempre tive do vice-presidente Michel Temer. Ele sempre foi extremamente correto comigo e não tem por que desconfiar dele por um milímetro", afirmou a presidente, acrescentando que deve se encontrar com o vice mais tarde e que o silêncio de Temer, desde que o presidente da Câmara anunciou a abertura de pedido de impeachment, não a incomoda: "O silêncio depende de quem está escutando, eu não tenho escutado silêncio nenhum".

>> Impeachment: Dilma se reúne com juristas no Planalto

Dilma afirmou, ainda, que quer celeridade, respeitando a legislação, na tramitação de processo de impeachment e que pode convocar o Congresso Nacional a suspender o recesso que se inicia no dia 22 de dezembro e termina no dia 1º de fevereiro

"Numa situação de crise política e econômica como essa pela qual o país passa seria importante que o Congresso fosse convocado por mim, pelo presidente da Câmara ou pelo presidente do Senado. Não é correto o país ficar em compasso de espera até o dia 2 de fevereiro. Vou conversar com o presidente do Senado (Renan Calheiros) para ver. Acho que não deve haver recesso, vivemos um momento em que não podemos nos dar ao direito de parar o país até o dia 2 de fevereiro", argumentou, defendendo que o Parlamento pare para as festas de fim de ano e retorne no início de janeiro.