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Votos já declarados no Conselho de Ética apontam 7 a 1 contra Cunha

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A depender dos votos já declarados pelos membros do Conselho de Ética da Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem contra ele algo semelhante à derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo: 7 deputados a favor da continuidade do processo de cassação de mandato e um parlamentar ao lado do peemedebista. 

Nesta quarta-feira (2), a partir das 14h, está prevista a votação dos 20 integrantes que compõem o Conselho de Ética. Até ontem, o relator do processo, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), Betinho Gomes (PSDB-PE), Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), Eliziane Gama (Rede-MA), Sandro Alex (PPS-PR), Marcos Rogério (PDT-RO) e Paulo Azi (DEM-BA) já haviam declarado voto contra Cunha. Wellington Roberto (PR-PB) colocou-se a favor.

Os demais parlamentares que não declararam seus votos são: Ricardo Barros (PP-PR), Cacá Leão (PP-BA), Washington Reis (PMDB-RJ), Vinicius Gurgel (PR-AP), Mauro Lopes (PMDB-MG), Erivelton Santana (PSC-BA), Sérgio Brito (PSD-BA), Leo de Brito (PT-AC), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Zé Geraldo (PT-PA), Valmir Prascidelli (PT-SP) e Paulinho da Força (SD-SP).

A grande incógnita é o voto do PT. Os três deputados petistas podem definir o placar final, já que há uma forte tendência de empate entre os 20 membros. O resultado indefinido é decidido pelo voto de Minerva do presidente do órgão, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), que é a favor da admissibilidade e abertura de processo contra o presidente da Câmara.

Nos últimos dias, o debate deu-se em torno do voto petista. Se ele seria a chance de salvar a presidente Dilma Rousseff da abertura de processo de impeachment na Câmara ou se o PT ajudaria a afastar Eduardo Cunha, que enfrenta denúncias de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, do comando da Casa.

Na noite de ontem, enquanto o Conselho estava reunido, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, não apenas liberou o voto dos petistas, como estimulou que estes votassem pela admissibilidade. Em tese, a orientação desfavorece a relação da presidente da República com Cunha.

Na terça-feira, após seis horas de sessão, o conselho encerrou a reunião sem votar o parecer. Por volta das 20h30, com o início da sessão de votação do Congresso Nacional, o presidente do Conselho de Ética encerrou a sessão, já que o regimento interno do Congresso impede a deliberação em qualquer comissão da Câmara e do Senado durante as votações no plenário principal.

>>Cunha: conselho retoma hoje votação de parecer

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