Em Paris para o encontro da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) a presidente Dilma Rousseff comentou brevemente, nesta segunda-feira (30), a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).
Ela afirmou que teve dois sentimentos ao tomar conhecimento da prisão: "surpresa" e "perplexidade". Dilma disse que nem ela nem ninguém esperava que isso acontecesse.
A presidente disse, ainda, que não teme uma eventual delação do senador petista: "Não tenho nenhum temor em relação a uma delação do senador Delcídio".
E negou ter indicado Nestor Cerveró para uma diretoria da Petrobras, contrariando a declaração de Delcídio de que a indicação passou pela Presidência da República.
"Não indiquei o Nestor Cerveró. Acho que o senador Delcídio se equivoca", pontuou.
Delcídio do Amaral foi preso pela Polícia Federal na última quarta-feira acusado de planejar a fuga do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró do Brasil, além de oferecer dinheiro à família do ex-executivo para que ele não participasse do acordo de delação premiada.
A prova - uma conversa gravada pelo filho de Cerveró - foi entregue à Procuradoria-Geral da República, que a remeteu ao ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.