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Ex-deputado Romeu Tuma Jr. afirma que Fausto Pinato agrediu a própria mãe

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O ex-deputado Romeu Tuma Júnior divulgou, nesta terça-feira (24), em sua conta no Twitter um boletim de ocorrência no qual consta registro de agressão física e verbal do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) contra a própria mãe, Antonia Ruy Cogo. Pinato é o relator do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

Segundo o documento, a agressão ocorreu no dia 8 de setembro de 2012, durante uma conversa entre Antonia e os filhos Fausto e Gustavo sobre a candidatura desse último à Câmara Municipal de São Paulo. O boletim relata um "entrevero" cujo desdobramento foi a agressão física de Gustavo por Fausto. Ao tentar conter a briga, Antonia foi xingada e agredida.

Segundo a vítima, Fausto teria ficado nervoso porque Gustavo estava com labirintite e, por isso, impossibilitado de fazer campanha nas ruas. Antonia esclarece, ainda, que o deputado só desistiu de agredi-la quando esta ameaçou chamar a polícia. Antonia afirma que pegou o telefone e simulou uma chamada, o que fez com que Fausto deixasse o local.

A vítima afirma, no boletim, que sofre agressões de Fausto há cerca de dez anos, mas nunca registrou ocorrência na polícia por vergonha. Segundo Antonia, as ameaças de morte do filho fizeram com que ela temesse pela própria vida e notificasse a polícia. Ela afirma que está temerosa pelo fato de saber que o filho tem caráter violento.

Conselho de Ética abre reunião para leitura de parecer sobre o presidente da Câmara 

Começou a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para leitura do relatório preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) sobre a representação do Psol e da Rede Sustentabilidade contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

O Psol e a Rede argumentam que há divergências entre informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e o depoimento prestado pelo presidente à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras em março deste ano, quando negou ter contas bancárias no exterior não declaradas à Receita Federal.

Segundo o relator, após analisar a denúncia apresentada pela PGR, os depoimentos do lobista Júlio Camargo à Justiça Federal e também a transcrição do depoimento de Cunha, não restaram dúvidas de que há indícios suficientes para a investigação prosseguir no Conselho de Ética.

Eduardo Cunha afirma ser inocente e ressalta não ter cometido nenhuma irregularidade. Ele argumenta que o delator Júlio Camargo, que não havia citado o seu nome em depoimentos anteriores, foi pressionado pelo procurador-geral da República a mudar de versão para prejudicá-lo. Cunha diz que foi “escolhido” para ser investigado como parte de uma tentativa do governo de calar e retaliar a sua atuação política.

O presidente disse que os recursos usufruídos por ele no exterior vêm de negócios de venda de carne no continente africano. Ele mostrou passaportes a líderes partidários para comprovar dezenas de viagens na década de 80 a países da África.