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PSDB pode terminar 'sem impeachment e sem discurso', alerta colunista

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"Enquanto o presidente dessa Casa não renunciar, ele tem a legitimidade e a prerrogativa de tomar as decisões", disse o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio, após entregar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo o colunista da "Folha de S.Paulo" Bernardo Mello Franco, o documento protocolado e entregue nesta quarta-feira (21) pelos tucanos se assemelha a "certas correntes da internet". 

"Abusa de maiúsculas, em afirmações como a de que o ex-presidente Lula 'NUNCA SAIU DO PODER'. Também exagera nos pontos de exclamação. São nada menos que 28, salpicados em expressões como 'Um acinte!', 'O caso é grave!' e 'A realidade salta aos olhos!'", observa o colunista a respeito do pedido de impeachment assinado pela oposição e pelos advogados Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, para quem o documento é um "recorta e cola" do apresentado anteriormente.

De acordo com o artigo, a aliança dos tucanos com "o correntista suíço é uma estratégia de alto risco", já que nos últimos anos o PSDB vem pedindo votos sob alegação da ética na política e o que faz agora é fortalecer a permanência de Cunha na presidência da Câmara. "Ao abraçar Cunha, (o PSDB) pode acabar sem impeachment e sem discurso para as próximas eleições", argumenta o colunista.

Por Eduardo Miranda