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Congresso deve analisar hoje os vetos presidenciais

Expectativa é de que eles sejam mantidos

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O Congresso deve manter, nesta terça-fera (6), todos os vetos presidenciais cuja análise está marcada para sessão do Congresso Nacional a partir das 11h30. Interlocutores afirmam que a orientação, mesmo na Câmara, é aprová-los. Mas, caso haja alguma surpresa decorrente de articulação da oposição ou do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o que não se espera que aconteça, o Senado manterá os vetos.

Entre os vetos, estão o reajuste salarial para os servidores do Judiciário, que provocaria impacto de R$ 37 bilhões até 2019; a dedução em Imposto de Renda para a compra de livros por professores, cujo impacto seria de R$ 16 bilhões para os próximos quatro anos; e o que estende as regras de ajuste de salário-mínimo aos aposentados e pensionistas.

Na quarta-feira (30), o presidente da Câmara convocou diversas sessões extraordinárias e inviabilizou a utilização do plenário do Congresso para que os vetos fossem votados. Cunha reivindicava que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), incluísse vetos da presidente referentes ao financiamento empresarial de campanha.

Após reunião entre a base aliada e o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse na segunda-feira  (5) que está confiante na manutenção dos vetos presidenciais.

Ainda na segunda-feira, o próprio Eduardo Cunha, defendeu a manutenção de vetos. “Há uma consciência de que não podemos ficar contra a criação de impostos e criar mais despesas”, argumentou. 

Cunha disse não ver problema na realização da sessão do Congresso: “Estão insistindo reiteradamente que a gente não quer que haja sessão de vetos. Da minha parte, eu não vejo problemas. O problema da semana passada [quando os vetos acabaram não sendo analisados] não foi meu, foi dos líderes.” Ele lembrou que o reajuste do Judiciário, chamado de "pauta-boma"  pela imprensa, veio de uma aprovação unânime do Senado, e não da Câmara.