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Como 'JB' antecipou no dia 3, Fernando Baiano fecha acordo de delação

Apontado como operador do PMDB, ele está preso há cerca de nove meses

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Como o Jornal do Brasil antecipou no último dia 3, o lobista Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR).  Ele é apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras.

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No dia 17 de agosto, ele foi condenado, em outro processo, a 16 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Baiano e o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró receberam US$ 40 milhões de propina entre 2006 e 2007 para intermediar contratação de navios-sonda para perfurar águas profundas na África e no México.

Baiano foi citado pelo delator Julio Camargo como “sócio oculto” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele deve continuar preso na Polícia Federal pelo menos até novembro quando, pelo acordo, pode ser solto.

Baiano passou a última quarta-feira prestando depoimentos na sede da Polícia Federal em Curitiba. 

Antes de assinar o acordo, Fernando Baiano e seu advogado, o criminalista Sérgio Riera, reuniram-se pelo menos quatro vezes com representantes da PRG para negociar o escopo e os benefícios da delação do lobista.

Um dos encontros mais longos, segundo pessoas que acompanharam a movimentação dos advogados e procuradores, foi o de quarta (9), que durou cerca de seis horas. Nele, já teria já teria falado sobre três dos cerca de 11 anexos que integram o acordo. As conversas entre o delator e os procuradores se estenderam por toda quinta-feira (10).