Todos os senadores da bancada do PSDB no Senado votaram contra a emenda apresentada ao projeto de lei da reforma política, na noite de quarta-feira (02/09), que previa o fim do financiamento de empresas privadas a campanhas eleitorais.
A proposta faz parte de uma emenda apresentada ao projeto de lei da reforma política e foi aprovada por 36 votos a 31. O texto agora segue de volta para a Câmara.
O senador José Serra (PSDB-SP), um dos líderes da bancada tucana, cometeu um ato falho em seu discurso sobre o financiamento empresarial: "ruim sem ele, pior com ele". Já o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) classificou de "história da carochinha" a tese de que a corrupção vem do financiamento de empresas privadas.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) atacou o PT, que votou a favor da emenda. "Perdoem a dureza da palavra, mas quem está criminalizando é quem praticou o crime de extorsão, lavando dinheiro como doação de campanha, e depois lavou de novo com uso de empresas fantasmas para sobrar algum. Agora querem criminalizar? É muita ingenuidade achar que vamos cair nessa armadilha", criticou. Segundo ele, sem doação de empresas, recursos podem ser repassados por pessoas físicas a sindicados e movimentos sociais aparelhados "por baixo do pano".
Também contrário à emenda, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai tentar reverter as decisões e retomar o texto original que havia sido aprovado pelos deputados.
>> Veja aqui como votou cada senador sobre o financiamento empresarial de campanhas.